A partir dos 6 meses – Iniciámos a Alimentação Complementar
AS PAPAS
Como referi em posts anteriores logo após os 6 meses da Gaby, não lhe dei papas mas sim sopa. Para o lanche, fruta e leite materno.
Aos 9 meses quando entrou para a ama, comecei a mandar-lhe fruta para o lanche. Como os outros meninos levavam papa, com o tempo ela também começou a pedir. Por volta dos 11 meses, toca de começar a fazer papas caseiras.
Nas minhas primeiras pesquisas encontrei boas receitas com aveia, arroz, farinha. Mais tarde descobri que também podia fazer com outros cereais ou sementes. Comprei bulgur, quinoa, millet e couscous e coloquei mãos-à-obra.
Papa com aveia crua
Costumo fazer uma papa de aveia, sem cozer a aveia. Como faço leite de aveia regularmente, utilizo o que sobra (a aveia coada) e misturo com frutas doces (papaia, banana, pêras, figos etc.) ou mais ácidas (morangos, framboesas, mirtilos, laranjas, kiwis etc.). Junto também uns frutos secos (passas, tâmaras, nozes, avelãs,) ou sementes (chia, linhaça moída). Por vezes quando faço o leite e não vou dar papa à Gaby, congelo a aveia que sobra para não se estragar. Após descongelar faço a papa da mesma forma.
Papa de aveia com alfarroba
1) Cozer a aveia em água (1 caneca de aveia, para 1 de água). Se ficar muita grossa podem acrescentar mais um pouco de água. Esta aveia como é em flocos, não precisa de ser demolhada
2) Adicionar 1 c. de chá de alfarroba em pó e 1 banana madurinha
3) Triturar um pouco com a varinha mágica.
Papa de millet com fruta
1) Deixar o millet de molho. Durante a noite, se conseguir, se se lembrar antes, se der, enfim aquelas situações de mãe-faz-imensas-coisas. Se não pelo menos umas horas
1) Cozer o millet em água (1 caneca de millet, para duas de água)
2) Misturar fruta cozida para tornar a papa mais homogénea.
Millet
Bulgur
Há outras que ainda não experimentei, mas que devem valer a pena:
Espelta
Trigo kamut
Amaranto
Farinha teff
Como prevenção costumo ter as papas da holle que dentro das ofertas me parece ser a melhor alternativa, pois não têm açúcar adicionado e só levam os cereais. Recomendo novamente a Gabriela Oliveira que tem boas receitas de papas caseiras aqui.
OS IOGURTES
Em relação aos iogurtes também optei pelos caseiros. Começámos por volta dos 11 meses, pelos mesmos motivos que começámos as papas. Deixo duas das receitas que costumo fazer.
Iogurte natural (versão do livro base da bimby)
Ingredientes
1000g leite
1 iogurte natural e sem açúcar
Mãos-à-obra:
1) Colocar os ingredientes no copo e programar 4min/50º/Vel3
2) Distribuir por frascos de vidro e colocar na iogurteira
3) Após 12h de fermentação, colocar no frigorífico
Durante muito tempo coloquei-os num saco térmico, no forno (desligado) e cobertos com uma manta mas por vezes ficavam um pouco líquidos. Agora utilizo a iogurteira e ficam sempre bons. Normalmente faço à noite e no dia seguinte estão prontos.
Iogurte natural com leite vegetal (versão adaptada mundo receitas bimby)
Ingredientes
1000g de leite de aveia
1 iogurte natural e sem açúcar
2 c.chá de agar-agar
Mãos-à-obra:
1) Colocar no copo o leite de aveia e o agar-agar, misturar 10 seg/vel 5
2) Programar 5 min/100°C/vel 3
3) Retirar o copo da base e deixe arrefecer
4) Colocar o iogurte natural e programar 4 min/50°C/vel 3
5) Distribuir pelos copos e colocar na iogurteira cerca de 12h
6) Pode adicionar-se frutas, sementes ou frutos secos.
Para ficarem mais sólidos pode adicionar-se mais um pouco de agar-agar, no entanto não convém ser muito senão fica com a consistência de pudim e não de iogurte (apesar de os pudins também serem óptimos). O ideal é experimentar e aos poucos ir percebendo a quantidade certa, para a textura que mais nos agrada.
Há todo um mundo de iogurtes caseiros que se pode fazer em casa. Vejam mais ideias aqui.
AS BOLACHAS
Logo após os 6 meses não tinha grande hábito dar bolachas à Gabriela. A oferta nas lojas de uma forma geral é para esquecer. Corredores inteiros nos supermercados onde não há uma única bolacha digna de se oferecer a um bebé de 6 meses! Açúcar que nunca mais acaba (hidratos), gorduras saturadas (lípidos), aditivos alimentares (E´s – muitas já não trazem os E´s e sim o nome do aditivo). Pessoalmente considero que as bolachas não fazem falta na alimentação dos bebés, nem na dos adultos (bom aqui para os adultos: “Mas há algumas que são tão boas!”). No entanto, facilitam a vida, culturalmente estamos muito habituadas às mesmas e estão sempre escarrapachas à nossa frente em todos os momentos. Dou-lhe de vez em quando sim.
Como a oferta não é boa, comecei a fazer em casa. Levam apenas aquilo que quero e fico a saber o que levam. Já coloquei algumas receitas de bolachas aqui no blog, vale a pena ir espreitar.
Há algumas bolachas mais aceitáveis para a saúde. Algumas a preços mais elevados, outras nem por isso (as de linhaça custam 2,29€, mas as de arroz custam 0,98€). São boas para situações mais pontuais como viagens, “snacks” na rua, ou quando fiquei sem nenhuma em casa e não tive oportunidade de fazer para repor.
Fiz uma pequena tabela de comparação para termos uma ideia. Ficam a faltar as da Holle, pois não tenho aqui os dados: