Maisumamãe
Ser mãe realmente transforma-nos! Ainda bem!

27 Novembro 2015

As primeiras sopas são sempre uma etapa interessante. Para os bebés, porque marcam em grande parte dos casos o início da Alimentação Complementar (AC). Para as mães e pais (cuidadores), porque já andamos numa ansiedade tal para dar-lhes mais comidas além do leite.


No entanto é importante pararmos um pouco e pensar se faz mesmo sentido e se será melhor para o nosso bebé oferecer-lhe outros alimentos além do leite, antes dos 6 meses. Na verdade os bebés mostram/sabem quando estão preparados para os sólidos - perdem o reflexo de extrusão (colocar a língua para fora para expulsar a comida); sentam-se bem sozinhos e começam a olhar para a nossa comida com muito interesse ou a tentar agarrá-la. O timing dos 6 meses em relação ao Leite Materno (LM) é porque este a partir desta altura deixa de ter reservas suficientes de ferro para fornecer uma alimentação completa.

Acredito que em muitos casos, a oferta de sólidos acaba por acontecer antes dos 6 meses por vários motivos:

- ansiedade dos pais (pressão por parte de outras pessoas sobre quando começam a dar comida por exemplo, ou vontade de usar aqueles pratinhos comprados quase ainda antes do bebé nascer);

- porque dá mais jeito aos pais (porque vão recomeçar a trabalhar por exemplo);

- acreditar que é positivo oferecer sólidos para encher a barriguinha dos bebés fazendo-os dormir a noite toda;

- porque o/a médico/a mandou;

- receio de o leite já não ser suficiente para saciar a fome;

- entre outros.

 

De modo a evitar alergias, obesidade, problemas intestinais etc. deve oferecer-se a AC a partir dos 6 meses. O leite continua a ser a refeição principal até completar 1 ano, tudo o resto é complementar. Mesmo os bebés alimentados com Leite Artificial (LA), o ideal será continuarem em exclusivo até aos 6 meses, segundo as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

Mas voltando às sopas, quero deixar-vos mais algumas receitas de sopas que fui oferecendo à Gabriela e que foram muito bem aceites pela minha Tuca. Mais receitas de sopas num outro post que escrevi aqui.

 

Dei a partir dos 6 meses

 

Creme de abóbora
Ingredientes:
1 batata doce
2 pedaços de abóbora
Fio de azeite

Cozer a batata e a abóbora num tacho com água cerca de 20min. Ou na bimby 20min/Vel1/100. Triturar e colocar um fio de azeite no fim.

 

Sopa de feijão verde
Ingredientes:
1 Batata doce
2 Cenouras
5 vagens de feijão verde
Fio de azeite

Cozer os ingredientes num tacho com água cerca de 20min. Ou na bimby 20min/Vel1/100. Triturar e colocar um fio de azeite no fim.

 

Dei a partir dos 9 meses

 

Sopa de espinafres* com tofu

Ingredientes:
2 cenouras
1 pedaço pequeno de tofu
4 a 5 folhas de espinafres
1/2 cebola

Cozer os ingredientes num tacho com água cerca de 20min. Ou na bimby 20min/Vel1/100. Triturar e colocar um fio de azeite no fim.


*Os espinafres por conterem grandes níveis de oxalato, é indicado oferecer-se mais tarde. Algumas fontes indicam apenas a partir dos 12 meses. Eu ofereci a partir dos 9 meses com moderação nas quantidades e no número de vezes.

 

Dei a partir de 1 ano

 

Sopa de grão

Ingredientes:
1 nabo
1 cenoura
1/2 cebola
50g de grão

Colocar o grão de molho e descartar a água por causa das toxinas que ali ficam. Demolhar as leguminosas é importante, pois além de reduzir o tempo de cozedura, elimina os anti-nutrientes e os inibidores de enzimas.
Cozer um pouco o grão. Juntar os restantes ingredientes à cozedura mais cerca de 20min. Ou na bimby 20min/Vel1/100. Triturar e colocar um fio de azeite no fim.

 

Sopa de lentilhas

Ingredientes:
1 courgette
2 folhas de nabiças
100g de lentilhas +/-
Salsa


Colocar as lentilhas de molho e descartar a água por causa das toxinas que ali ficam.
Cozer os ingredientes num tacho com água cerca de 20min. Ou na bimby 20min/Vel1/100. Triturar e colocar um fio de azeite no fim.

 


02 Maio 2015

A partir dos 6 meses – Iniciámos a Alimentação Complementar

 

Entretanto comecei a oferecer-lhe outros alimentos além da sopa. Fui fazendo um baby led weaning sem ser a 100%. Colocava a comida num pratinho e ela lá ia comendo sozinha. Brócolos ou cenouras cozidas, batata-doce assada etc. Aos 7/8 meses mais ou menos a gema de ovo.

Por vários motivos não como carne e a Gaby seguiu o mesmo caminho (pelo menos enquanto for pequena e for eu a oferecer-lhe comida). Tentamos ter uma alimentação bastante variada, o que tem permitido um crescimento saudável e sem qualquer tipo de carências a nível nutritivo.

 

A partir dos 9 meses comecei a dar-lhe peixe, tofu e leguminosas. Tudo em pequenas quantidades, até porque como já referi o que ela mais “comia” até completar um ano, foi o leite. O tofu é feito a partir do leite de soja, sendo a soja um alergénio convém dar e aguardar possíveis reacções.

 

O peixe também pode provocar alergias, pelo que alguns pediatras aconselham a introdução mais tarde (+/- 9 meses). Bom, a Acta Pediátrica Portuguesa de 2012 (Alimentação e Nutrição do Lactente), já diz que se pode dar aos 6 meses: A introdução do peixe deverá iniciar-se depois do 6º mês, com a oferta inicialmente de peixes magros tais como pescada, linguado, solha ou faneca (pág.23). Mais uma vez, parece-me que a regra passa novamente por, oferecer e verificar a reacção do nosso bebé.

Comecei pelos peixes brancos e magros como a pescada e a maruca. O linguado também dá, mas eu na verdade nunca comprei não sei porquê. Evitei os peixes com maior teor de mercúrio como o cação, o peixe-espada (branco e preto), o espadarte e o atum. A partir de 1 ano comecei a oferecer-lhe atum fresco pois ela gosta imenso. Com o peixe tinha imensa atenção e receio era que fosse uma espinha pelo meio. Verificava o prato uma meia dúzia de vezes!

A partir de um ano o leque alimentar aumenta para quase tudo e comecei também a dar-lhe seitan (feito de glúten de trigo) e a clara do ovo.

 

Deixo-vos com alguma literatura que considerei interessante ler para esta fase:

Baby Led Weaning

Livro de Receitas da Gabriela Oliveira – Alimentação Vegetariana para Bebés e Crianças

Carlos González – Mi nino no me come

Julio Basulto - Se me haces bola

Acta Pediátrica Portuguesa – Alimentação e Nutrição do Lactente (2012)

 

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Fonte imagem: Babynutri

 


12 Abril 2015

A partir dos 6 meses – Iniciámos a Alimentação Complementar

 

AS SOPAS

 

Fazer as primeiras sopinhas também traz algumas dúvidas. De qualquer das formas partilho algumas dicas que espero que sejam úteis. Trataram-se/trata-se de opções minhas conforme o que achei/acho mais correcto a nível alimentar, no entanto há sempre várias formas de se fazer algo como sabem.

 

Nas primeiras sopas tentei não colocar muitos ingredientes de cada vez, de modo a que a Gaby fosse começando a conhecer o sabor de cada alimento. Fazia bases de abóbora ou cenoura ou batata-doce (optei pela batata-doce e não pela inglesa, pois esta primeira tem mais fibra, menos açúcar e mais vitamina A que a última) e depois juntava brócolos ou feijão-verde ou couve-flor por exemplo. Não tinha (nem tenho) por hábito juntar abóbora com cenoura, pois é betacaroteno e açúcar a mais.

Depois comecei a variar imenso. Este depois significa mais ou menos os 9 meses. Após algumas pesquisas pareceu-me que o ideal seria colocar um legume ou tubérculo (batata-doce, cenoura, abóbora, chuchu, beterraba, mandioca etc.), uma verdura (nabiças, brócolos, agriões, espinafres - este último devido a níveis altos de oxalato, convém haver um consumo moderado nos bebés) e por exemplo uma leguminosa (grão, lentilhas, feijões). Como não gosto de cebola adiei bastante a introdução da mesma e colocava alho. Por vezes colocava também algumas sementes (linhaça triturada), ou uma colher de sopa de gérmen de trigo ou levedura de cerveja.

 

O ideal é oferecer sopa fresquinha aos bebés e para nós também, mas com o regresso ao trabalho e o tempo a escassear, passei a fazer sopa em maiores quantidades e a congelar. Mais uma investigação, desta feita sobre congelação e conservação de alimentos e optei pelo chamado choque térmico. Após a sopa estar pronta, coloco-a no lava loiças em água fria e com cubos de gelo de modo a que esfrie rapidamente. Em seguida coloco em tupperwares, o ideal são aqueles livres de bpa ou de vidro (também coloco numas caixas que não são livres de bpa, mas aquilo dá-me taaanto jeito, pois têm o tamanho ideal para as doses de sopa a guardar, ai bpa´s!). Em seguida marco-os com o nome da sopa, a data e coloco-os na arca congeladora, pois atinge temperaturas frias muito mais rapidamente que o congelador do frigorífico. Se não tiverem arca vai de congelador claro. Ao esfriar rapidamente os alimentos e ao criar condições para que congelem num menor espaço de tempo, consegue-se uma maior conservação de nutrientes, pois congela-se também todos os nutrientes dos alimentos.

 

Deixo-vos as receitas de duas sopas que a Gaby gostava/gosta, mas se pesquisarem hão-de encontrar imensas receitas boas. O livro da Gabriela Oliveira Alimentação Vegetariana para Bebés e Crianças tem sopas óptimas. As avós da Gaby também são experts em sopas pelo que as suas dicas foram bastante úteis.

 

Creme de abóbora hokkaido com brócolos (versão bimby)

Comecei a dar a partir dos 6 meses

 

Ingredientes

1 Abóbora variedade hokkaido (pequena)

200g de brócolos

Azeite

Água q.b.

 

Mãos-à-obra:

1) Colocar a água, a abóbora e os brócolos no copo e programar 20 min/100º/vel1. Por vezes já coloco a água a olho, mas se perceber que ficou por exemplo com água a mais retiro um pouco e reservo. Se após passar a sopa esta ficar muito grossa volto a colocar essa água. Este truque aprendi com a minha mãe.

2) Programar 1 min e ir progressivamente até à velocidade 7

3) Aguardar que a sopa estabilize antes de abrir a tampa e juntar-lhe um fio de azeite.

 

Creme de beterraba (versão bimby)

Comecei a dar após 1 ano, apenas porque nessa altura é que vi uma amiga minha a fazer e achei muito saborosa. Se me tivesse lembrado da beterraba antes, tinha oferecido mais cedo. De qualquer das formas, a beterraba é rica em nitratos pelo que à partida, não é dos primeiros alimentos a oferecer.

 

Ingredientes

500g de água

2 beterrabas médias

1 chuchu médio

2 cenouras

1 cebola pequena

3 dentes de alho

Azeite

Folhas de salsa

Folhas de manjericão

 

Mãos-à-obra:

1) Colocar todos os ingredientes, com excepção do azeite, salsa e manjericão no copo e programar 20 min/100º/vel1

2) Programar 1 min e ir progressivamente até à velocidade 7

3) Aguardar que a sopa estabilize antes de abrir a tampa e juntar-lhe um fio de azeite, folhas de salsa e folhas de manjericão picadas.

 

Sopa de feijão azuki com espinafres (versão bimby)

Esta comecei a dar a partir dos 9 meses

 

Ingredientes

200g de feijão azuki demolhado (pode ser com outro tipo de feijão ou grão)

1 / 2 molhes de espinafres       

1 batata-doce pequena

1 cebola pequena

3 dentes de alho

Azeite

Gengibre

 

Mãos-à-obra:

1) Colocar o feijão, a batata, a cebola e os alhos, no copo e os espinafres na varoma. Programar 20 min/varoma/vel1

2) Juntar a raspa de um pouco de gengibre, programar 1min e ir progressivamente até à velocidade 7

3) Aguardar que a sopa estabilize antes de abrir a tampa e juntar-lhe os espinafres e um fio de azeite.

 

 

A FRUTA

 

A fruta começou aos 6 meses a fazer parte da alimentação da Gabriela, hoje continua a fazer parte e espero continuar.

 

Começámos pelas frutas doces, como a pêra, banana, maçã, mas rapidamente passámos para outras. Penso que nas frutas foi onde menos respeitei os chamados timings de introdução. Com excepção dos frutos vermelhos, por volta dos 7 meses comecei a dar-lhe quase tido o tipo de fruta da época. Nessa altura estávamos em Junho pelo que dei-lhe melancia, pêssego, meloa, alperce, laranja (esta última não é bem de época, mas também comeu). Dava-lhe um pedaço para a mão, uma quantidade pequena, caso não houvesse reacção continuava a dar-lhe. Como referi, desconheço antecedentes históricos na família, pelo que foi mais tranquilo.

 

Fazia também purés de fruta cozida ou crua e maçãs reinetas assadas no forno com canela. Mas o que ela gostava mesmo era de comer os pedaços de fruta pela sua mão, o que na verdade me parece mais interessante, a nível de descoberta de texturas, sabores, sensações. Fui fazendo um mix.

 

Puré de fruta cozida (versão tacho)

1) Cozer a fruta com casca (pêras ou maçãs) num tacho com um pouco de água, durante cerca 5 de minutos e triturar com a varinha.

 

Puré de fruta cozida (versão bimby)

1) Colocar a fruta no copo 5min/100º/vel1.

2) Triturar na vel 6/7 durante cerca de 1min.

Também costumo colocar a fruta na varoma, quando estou a fazer sopa.

 

Puré de fruta crua

Triturar a fruta com a picadora ou na bimy.

 

Para que os purés se aguentem mais tempo pode-se colocar umas gotinhas de limão ou laranja, válido para a altura em que decidem dar citrinos. Pode-se fazer estas papas e colocar em frasquinhos. Depois servem para comer fora, para mandar para a ama/creche e para congelar.

 

Amanhã continuamos com as bolachas, as papas e a  "comida de prato"!

 

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08 Abril 2015

A partir dos 6 meses – Iniciámos a Alimentação Complementar

 

Costumo referir-me a alimentação complementar e não a introdução de sólidos, porque considero que nessa fase ofereci alimentos à Gabriela que vieram complementar o leite que continuou a beber.

Quando se inicia a alimentação complementar, começam grande parte das nossas dúvidas. Tratando-se principalmente de uma opção alimentar dos pais, as variáveis são mais que muitas. Há hábitos alimentares a nível cultural, familiar etc. que influenciam a alimentação que fornecemos aos nossos bebés, daí as várias informações fornecidas a nível do tipo de alimentos a introduzir e em que altura. Desta forma, é normal que nos sintamos meio perdidas e sem saber muito bem o que dar de comer ao nosso bebé.

Na altura um plano alimentar bem que me deu jeito para me orientar, mas hoje questiono-me se precisava de algum plano rígido para dar-lhe comida, quando na verdade é tudo bem mais simples. Há cuidados a ter obviamente, tais como os alimentos alergénios (frutos vermelhos, mariscos etc.), ou mais propensos a asfixias (caso dos frutos secos). Acho importante saber que realmente há alimentos que se devem oferecer mais tarde, no entanto eu ofereci laranja à Gaby aos 7 meses, quando muitos pediatras dizem que dever ser aos 9 por ser um citrino. Dei-lhe um bocadinho…aguardei tempo de reacção (2/3 dias)…nada...dei-lhe mais e fui aumentando a dose!

 

Partilho convosco o que começámos a fazer aqui por casa, não como a fórmula mas como uma outra forma de se fazer:

- Continuámos com a mama em livre demanda, por vários motivos, um deles porque a nível nutricional e calórico o leite continua a ser mais rico do que por exemplo uma sopa. Oferecia-lhe mama antes e depois das refeições.

- Praticávamos o Baby Led Weaning (também se fala em finger food). Dava-lhe fruta, pão escuro, legumes cozidos para a mão e ela comia sozinha. Ao início tinha algum receio dos engasgos, mas a verdade é que os bebés têm o reflexo de engasgamento bem desenvolvido. A Gaby demonstrou-me isso na primeira vez em que teve o reflexo de gag (parecido ao vómito mas não chega a ser engasgar-se) e rapidamente se orientou sozinha. Implicou no início não dar alimentos muito duros, não deixá-la a comer sozinha e estar sempre atenta enquanto ela se lambuzava.

- Comecei pela sopa e fruta ao almoço. Penso que a sopa ao jantar foi por volta dos 9 meses e quando lhe apetecia. Os bebés têm o seu ritmo e penso que as refeições não devem ser introduzidas só porque tem de ser.

- Fui introduzindo os alimentos, deixando tempo para possíveis reações alérgicas.

- Comecei a dar-lhe água. Até aos 6 meses como mamava em exclusivo achei não ser necessário dar-lhe água.

- Não cozinhava com sal (pode  sobrecarregar os rins ainda imaturos dos bebés); colocava o azeite no final da cozedura (a gordura do azeite degrada-se a partir de altas temperaturas, que não chegam a ser atingidas a fazer uma sopa, de qualquer das formas habituei-me a colocar no final e continuei a fazê-lo até porque fica mais puro/íntegro) e não lhe dei açúcar ou alimentos com açúcar.

 

Amanhã continuamos esta fase, entretanto deixo-vos com umas frutas, que foi o que a Gaby mais comeu nesta altura a nível de sólidos!

 

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06 Abril 2015

As dúvidas que temos em relação à alimentação a dar aos nossos bebés por vezes são mais que muitas.

Conselhos menos bons de médicos/as e pediatras, avós bem-intencionadas, amigos/as, familiares, internet e livros, podem baralhar ainda mais. Sorte era receber sempre bons conselhos dessas fontes. Claro que há bons conselhos nessas fontes, mas é claro que também há maus. Tentar alimentar os nossos filhos da melhor maneira é o desafio.

 

Pretendendo ser uma ajuda e não mais um texto para confundir, partilho convosco o “plano alimentar” que fui fazendo com a Gabriela.

Como me parece ser imensa informação, começo por um primeiro post mais geral e depois vou fazendo outros posts mais específicos.

 

0-6 meses – A Gabriela esteve a Leite Materno (LM) em exclusivo

Idealmente os bebés devem ser amamentados em exclusivo, até aos 6 meses. Se surgirem dificuldades em relação à amamentação, por variadíssimos motivos, peçam ajuda a quem realmente entende de amamentação (infelizmente nem todos/as os/as médicos/as ou pediatras entendem). Desta forma o ideal é recorrer a quem sabe. Conselheiras de Aleitamento Materno (CAM) são regra geral a melhor opção a nível de apoio. Vale tentar de tudo antes de desistir, não vale não pedir ajuda no sítio certo. Também não vale tomadas de decisão sem serem conscientes e sem serem devidamente bem informadas E se após isso nada resultar, paciência. Não somos melhores ou piores mães por isso.

 

 A partir dos 6 meses – Iniciámos a Alimentação Complementar

A partir dos 6 meses, o leite materno continuou a ser a refeição mais importante e a principal para a Gaby. No entanto, as reservas de ferro existentes no leite a partir dessa altura, começam a deixar de ser suficientes para o bebé, tornando-se necessário iniciar uma alimentação complementar ao leite materno.

Há bebés que antes dos 6 meses começam a olhar para a nossa comida. Cabe aos pais perceberem se é conveniente dar ou não, ou seja se o bebé já está preparado (senta-se direito sozinho e quando coloca alguma comida na boca não coloca a língua para fora) e se querem dar.

 

Então, por esta altura comecei a oferecer bocadinhos de pão, fruta e bolachas caseiras para a mão da filhota. Uma espécie de Baby Led Weaning (BLW - “introdução de sólidos guiado pelo bebé”), sem eu saber que assim se chamava. Eu sempre atenta a possíveis engasgos (no início com algum receio, confesso) e ela a adorar. Deixei as papas de lado e dei-lhe sopa, deixei os iogurtes de lado dei-lhe e fruta cozida.

Aos poucos fui introduzindo outros alimentos, sem ligar muito se era aos 9 ou aos 10 meses, isto tendo em conta que não se tratava de uma bebé “de risco” (não há histórico na família de alergias). Por exemplo a fruta, (com excepção dos frutos vermelhos que só comecei a dar após 1 ano), fui introduzindo qualquer uma nesta altura. Dava-lhe a fruta ou o alimento numa quantidade bastante reduzida e aguardava se tinha algum tipo de reação. De qualquer das formas para se ficar mais tranquila, os 9 meses normalmente costumam ser a altura mais segura vá, para a introdução de vários alimentos, como a gema de ovo, o peixe, alguns legumes, ou frutas mais ácidas.

Na verdade estes alimentos fornecidos serviam-lhe mais para ir descobrindo a comida, a sua textura o seu sabor e até divertir-se com a mesma, tendo em conta que o LM continuou a ser a refeição principal.

 

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1ªsopa 24-06 (1).JPG

 

A partir de 1 ano – Começou a comer o mesmo que nós e já se notava que seria um bom garfo

Nesta fase o leite materno passou a ser o complemento à alimentação sólida e a Gaby começou a fazer de forma regular duas refeições de sólidos por dia. Almoço e jantar e comia o mesmo que nós.

Passei a cozinhar sem sal. Descobri as maravilhas de temperos como as ervas aromáticas e outros condimentos. Dai a habituarmos o nosso paladar foi um passo! O nosso corpo precisa de sal, mas não das enormes quantidades que ingerimos. Apesar de cozinhar sem sal, encontramos sal nos próprios alimentos ou nas vezes que não comemos em casa.

Restringimos nos doces e fritos, começámos a comer muitos mais legumes e cereais integrais e finalmente aproveitei para também começar a comer melhor. Se não lhe dou, também não como. Na verdade, tornou-se uma excelente oportunidade para tentarmos mudar maus hábitos alimentares.

 


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